miércoles, 24 de junio de 2009

SAO PAULO CAPITAL DE NEGOCIOS EN LATINOAMERICA

SAO PAULO CAPITAL DE NEGOCIOS EN LATINOAMERICA
São Paulo disputa posto de capital de negócios da América LatinaSilvana SallesSílvio CrespoEm São PauloCada vez menos industrial, a cidade de São Paulo chega aos 455 anos aumentando sua vocação para ser a capital de negócios da América Latina. IBM, General Electric e Google são exemplos de multinacionais que nos últimos anos escolheram a capital paulista como sede para suas decisões na região. A IBM trocou Miami por São Paulo como base de suas operações latino-americanas em 2005. No ano seguinte, foi a vez da General Electric, que transferiu do México para o Brasil a responsabilidade pela região. Em 2008, o Google escolheu a capital paulista para administrar os negócios da companhia na América Latina.Avenida Luís Carlos Berrini: nova coqueluche das multinacionais .Elas se somam a outras como a Philips, que está no país desde 1924 e tem São Paulo como sua sede brasileira desde 1951, e como a AmBev, que já nasceu na cidade na condição de multinacional, quando foi fechada a fusão entre as cervejarias Antártica e Brahma, em 1999. "São Paulo conseguiu a glória de se qualificar como município mais desejado pelos empresários. As decisões de empresas multinacionais sobre a América Latina são tomadas aqui", afirma o economista Istvan Kaznar, diretor do Programa de Estudos dos Estados e Municípios da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Até o final do século passado, Buenos Aires ainda estava na disputa pela condição de sede latino-americana das multinacionais. Depois da moratória e da desvalorização do peso na Argentina, no entanto, o país ficou menos atraente para gigantes mundiais, segundo Marcelo Moura, economista do Ibmec São Paulo. Hoje, apenas a Cidade do México - metrópole latino-americana mais próxima dos EUA - concorre com a capital paulista pelo posto de porta de entrada para a América Latina, de acordo com Moura. "Santiago, no Chile, tem uma certa influência, mas não se compara com São Paulo."Indústria se afastaNo mesmo ritmo em que cresce a presença de executivos de empresas na cidade, cai a participação relativa da indústria na economia do município. Atualmente, o setor responde apenas por 24,2% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, segundo dados do IBGE e da Fundação Seade divulgados pela perefeitura do município. A metrópole deixou de ser a região preferida das indústrias no início dos anos 1980, quando "sua natural pujança passou a implicar em aumento do preço do aluguel e da terra e maior custo salarial do trabalhador", explica Kaznar. A partir daí, a região industrial originariamente paulistana foi-se espalhando pelo interior do Estado e atualmente chega até Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso, de acordo com Kaznar. Apesar do afastamento da indústria, na média de 1995 a 2005 a cidade manteve uma participação de 14,4% no PIB brasileiro, superior à do segundo Estado mais rico do país, o Rio de Janeiro, de 12%. Geografia urbanaDesde a instalação das primeiras grandes indústrias no início do século 20 até o desenvolvimento atual do setor de serviços, São Paulo teve mudanças na geografia econômica. O centro foi o polo financeiro da cidade nas décadas de 50 e 60, passando o título para a avenida Paulista após 1965 e depois para a região da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini a partir da década de 90. Segundo Joaquim José Martins Guilhoto, professor de economia regional da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), as mudanças de endereço das empresas ao longo das décadas têm a ver com o dinamismo da economia paulistana. "São Paulo é uma cidade que não teve declínio, que tem a característica de se adaptar às novas realidades", diz o professor. "As corporações mudam de endereço por uma questão de infraestrutura, e outras atividades se deslocam no espaço vago".
Publicado por Venesuramerica en 8:36 0 comentarios

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