SAO PAULO CAPITAL DE NEGOCIOS EN LATINOAMERICA
São Paulo disputa posto de capital de negócios da América LatinaSilvana SallesSílvio CrespoEm São PauloCada vez menos industrial, a cidade de São Paulo chega aos 455 anos aumentando sua vocação para ser a capital de negócios da América Latina. IBM, General Electric e Google são exemplos de multinacionais que nos últimos anos escolheram a capital paulista como sede para suas decisões na região. A IBM trocou Miami por São Paulo como base de suas operações latino-americanas em 2005. No ano seguinte, foi a vez da General Electric, que transferiu do México para o Brasil a responsabilidade pela região. Em 2008, o Google escolheu a capital paulista para administrar os negócios da companhia na América Latina.Avenida Luís Carlos Berrini: nova coqueluche das multinacionais .Elas se somam a outras como a Philips, que está no país desde 1924 e tem São Paulo como sua sede brasileira desde 1951, e como a AmBev, que já nasceu na cidade na condição de multinacional, quando foi fechada a fusão entre as cervejarias Antártica e Brahma, em 1999. "São Paulo conseguiu a glória de se qualificar como município mais desejado pelos empresários. As decisões de empresas multinacionais sobre a América Latina são tomadas aqui", afirma o economista Istvan Kaznar, diretor do Programa de Estudos dos Estados e Municípios da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Até o final do século passado, Buenos Aires ainda estava na disputa pela condição de sede latino-americana das multinacionais. Depois da moratória e da desvalorização do peso na Argentina, no entanto, o país ficou menos atraente para gigantes mundiais, segundo Marcelo Moura, economista do Ibmec São Paulo. Hoje, apenas a Cidade do México - metrópole latino-americana mais próxima dos EUA - concorre com a capital paulista pelo posto de porta de entrada para a América Latina, de acordo com Moura. "Santiago, no Chile, tem uma certa influência, mas não se compara com São Paulo."Indústria se afastaNo mesmo ritmo em que cresce a presença de executivos de empresas na cidade, cai a participação relativa da indústria na economia do município. Atualmente, o setor responde apenas por 24,2% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, segundo dados do IBGE e da Fundação Seade divulgados pela perefeitura do município. A metrópole deixou de ser a região preferida das indústrias no início dos anos 1980, quando "sua natural pujança passou a implicar em aumento do preço do aluguel e da terra e maior custo salarial do trabalhador", explica Kaznar. A partir daí, a região industrial originariamente paulistana foi-se espalhando pelo interior do Estado e atualmente chega até Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso, de acordo com Kaznar. Apesar do afastamento da indústria, na média de 1995 a 2005 a cidade manteve uma participação de 14,4% no PIB brasileiro, superior à do segundo Estado mais rico do país, o Rio de Janeiro, de 12%. Geografia urbanaDesde a instalação das primeiras grandes indústrias no início do século 20 até o desenvolvimento atual do setor de serviços, São Paulo teve mudanças na geografia econômica. O centro foi o polo financeiro da cidade nas décadas de 50 e 60, passando o título para a avenida Paulista após 1965 e depois para a região da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini a partir da década de 90. Segundo Joaquim José Martins Guilhoto, professor de economia regional da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), as mudanças de endereço das empresas ao longo das décadas têm a ver com o dinamismo da economia paulistana. "São Paulo é uma cidade que não teve declínio, que tem a característica de se adaptar às novas realidades", diz o professor. "As corporações mudam de endereço por uma questão de infraestrutura, e outras atividades se deslocam no espaço vago".
Publicado por Venesuramerica en 8:36 0 comentarios
miércoles, 24 de junio de 2009
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